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Muita luta a meio-campo pela posse da bola |
Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: João Roque (AF.Portalegre)
União Desportiva da Serra 1 - 2 Boavista Futebol Clube
Marcadores: 0-1 Bebé (30’); Tamandaré (43’) e Emerson (52’).
U. Serra: Nélson Fernandes; Lagoa, (Testas, 60’), (Parracho, (cap.). Juvenal e Beto, (Zim, 79’), Miguel Pinheiro, Nelson Brites, João Magalhães, Pedro Santos, e Bruno Matias; Tamandaré.
Treinador: Frederico Rasteiro
Boavista :Vitor Golas; Fabinho, (Ribeiro, 90+3’), Diogo Leite, Hélio e Mário Loja; Emerson, Paulo Gomes, (Leo Bonfim, 63’) e Rui Lopes; Bebé, Paulo Corpos, (cap.), (Diogo Teixeira, 45’) e Rui Dolores.
Treinador Rui Ferreira
Disciplina:Cartão amarelo a Juvenal (47’); Rui Dolores (68’); Tamandaré (72’); Emerson (72’).
A
grande assistência que acorreu ao Campo da Portela em Santa Catarina da
Serra, para presenciar um jogo entre dois adversários, que pertencendo à
mesma zona do campeonato, foi como é natural mais pelo nome do
Boavista, Campeão Nacional da 1ª divisão, hoje 1ª liga, há precisamente 9
anos.
Numa tarde fria e
excelente para a prática do futebol, mas algo ventosa como também é
normal para estes lados da Serra, só a supremacia do nome do adversário,
se notou na primeira parte, já que nos segundos 45 minutos, de facto a
experiência e a estratégia axadrezada, fizeram a diferença. Juntando as
ausências por castigo de João Martins e sobretudo do enorme capitão
Marco Aurélio, pouco mais Frederico Rasteiro e os seus abnegados
jogadores, poderiam fazer.
O
empate registado ao intervalo, ajustava-se perfeitamente com o que se
passou dentro das quatro linhas. Raríssimas oportunidades de golo de
parte a parte, mas com grande entrega por parte de todos os contendores.
Marcou
primeiro a equipa visitante à passagem dos trinta minutos, após
excelente iniciativa de Rui Dolores pelo lado esquerdo, que centrando
largo para a área unionista, encontrou Bebé desmarcado ao segundo poste a
rematar imparável para as redes serranas.
Isto
depois do ataque unionista ter ameaçado as redes de Vitor Golas, quando
eram decorridos 20 minutos, com este a superiorizar-se a Tamandaré.
Curiosamente
o golo da igualdade nasceria de uma falha grave do guardião
boavisteiro, já que após um pontapé de canto batido por Bruno Matias,
Parracho primeiro atirou ao poste esquerdo e após alguma confusão a bola
sobrou para o ponta de lança da equipa da casa, que não se fez rogado
atirando a contar.
Na segunda parte tudo foi diferente para pior, pois o futebol praticado por ambas as equipas parece que ficou nos balneários.
De
salientar apenas 3 cantos consecutivos para o ataque unionista no
reinício do encontro e para a jogada do golo da vitória da equipa de Rui
Ferreira. Um lance que definiu não só o vencedor da partida, como
definiu toda a experiência e matreirice de um conjunto que ainda conta
com jogadores como Mário Loja, e Rui Dolores como por exemplo. Livre
batido rapidamente ainda no seu meio campo para o jogador mais perigoso e
até talvez o melhor jogador em campo, Bebé de seu nome. Lagoa não teve
pernas (vem de uma longa paragem) para o veloz adversário, que centrando
largo, apanhou o seu companheiro Emerson a empurrar a bola para a
baliza deserta.
Apenas mais um
lance de algum perigo, ainda para a equipa vinda da cidade do Porto. Rui
Lopes fez a bola beijar o poste direito da baliza de Nelson Fernandes.
Até
aos 90 minutos, trabalho de João Roque e seus pares muito aceitável.
Incompreensível ou não a seguir. Um proteccionismo à equipa com mais
nome. Quatro minutos de compensação? Dá para rir. Cinco substituições,
duas ou três paragens com jogadores a serem assistidos dentro do
sintético, chega?
Os Treinadores
Com
ambos os treinadores a serem parcos em palavras, ambos aceitaram o
resultado. Rui Ferreira considerou o terreno difícil, pelo vento que se
fez sentir e pelas dificuldades que o adversário lhe colocou. Considerou
a vitória justa, pois os seus jogadores foram bravos e adaptaram-se bem
às adversidades encontradas. A jogar assim, será difícil ganhar ao
Boavista.
Frederico Rasteiro,
considerou que apesar de jogar com uma equipa com os pergaminhos do
Boavista, não deixou de ser um jogo em que estavam em disputa, apenas
três pontos. A supremacia foi praticamente inexistente, tendo a sua
equipa sido penalizada por alguns erros cometidos. Foi melhor a primeira
parte do que a segunda, que com o segundo golo, arrumou com o jogo,
pois todos sabiam das possibilidades de alcançar a vitória neste jogo.
Festa da claque do Boavista FC no Campo da Portela
Crónica - Virgílio Gordo