Os jogadores da U. Leiria viram-se obrigados nesta quinta-feira a cumprir um dia de folga forçado devido ao imbróglio em torno da saída de Lito Vidigal e restante equipa técnica. O anúncio do divórcio foi feito na noite de quarta-feira, antes da SAD e do treinador terem chegado a um acordo efectivo para a rescisão e, como tal, o técnico apresentou-se ao serviço, na Quinta do Pinheiro, perto da Nazaré. Perante isto e como Vidigal permanece com vínculo aos leirienses, a solução aventada, de serem os capitães a assumir a condução do treino, acabou por ser rejeitada pelos jogadores.
Bruno Miguel, que comentou o caso  com toda a autoridade que a braçadeira lhe confere. «Tudo isto nos deixa confusos. Nem sabemos como vai ser amanhã, se treinamos ou não. Por um lado, não há técnico novo, mas, por outro, o Lito continua a ser o treinador da U. Leiria. Os jogadores não podem treinar sozinhos, por isso, se calhar, se ainda há um treinador, deve ser ele a dar o treino. Vamos ver como vai ser. Sinceramente, não acredito que amanhã já tenhamos um novo técnico», desabafou.
O capitão leiriense não consegue disfarçar algum desconforto com esta situação. «Não treinámos o dia inteiro e o tempo escasseia. No sábado, temos a partida para estágio e não é bom mudar de comando técnico numa altura destas. Não somos um clube amador, nem estamos num Distrital», salienta.
Bruno Miguel deixa ainda bem claro que enquanto Lito Vidigal tiver contrato com a União, os capitães não irão assumir a orientação dos treinos. «Penso que não. Não irá acontecer enquanto o clube tiver um treinador. Quando não houver, ai sim, acho bem que os capitais ou os atletas mais velhos assumam a responsabilidade. Acima de tudo, temos de ser homens».

Fonte: MaisFutebol