Os campeonatos nacionais de futebol não profissional começam a ser
disputados no próximo fim-de-semana. São seis, as equipas do distrito
que vão entrar em acção. No entanto, a ambição de todas elas resume-se a
tentar a manutenção no escalão em que militam. Justificação: a crise e a
falta de apoio do meio empresarial não dão para mais.
Sporting de
Pombal e
União da Serra na Zona Centro da 2ª Divisão e
Bombarralense,
Caldas,
Marinhense e
Peniche na 3ª Divisão são as equipas que entram
em acção já este domingo. Todas elas com problemas financeiros, vão
procurar em campo contrariar a debilidade existente nas contas
bancárias.
Em Pombal, as dívidas são superiores a 200 mil euros. São
180 mil à Administração Fiscal e 33 mil a fornecedores, pelo que neste
regresso à 2ª Divisão, o técnico Fernando Mateus coloca a fasquia na
“manutenção”.“Temos o mesmo orçamento da época passada. É uma equipa
jovem, sem experiência deste escalão, pelo que nos esperam algumas
dificuldades. Tivemos algumas dificuldades em contratar jogadores com
experiência, mas com trabalho acredito que conseguiremos alcançar
os nossos objectivos.”
Em Santa Catarina da Serra chegou a altura de apertar o cinto e aproximar o clube da realidade da freguesia. Depois de algum
tempo de indefinição surgiu uma Comissão Administrativa, que resolveu
assumir uma política realista, numa época de“grandes dificuldades
financeiras”. Este corte de despesas, numa competição onde existem
equipas profissionais, poderá levara equipa a ficar longe dos lugares a
que os adeptos estão habituados.
Por isso, o novo técnico, Frederico
Rasteiro, promete “construir uma equipa de futuro” e “lutar pela
manutenção”, apesar de “entrar em todos os jogos para vencer.Entre as
equipas que vão competir no último escalão do futebol nacional as
diferenças de realidade não são muitas. Na
Série D vai competir o
Marinhense onde, depois da descida da equipa sénior de futebol à 3ª
Divisão, a ordem é de redução de custos. “O orçamento para 2010/11 vai
ser inferior em mais de 50% relativamente ao da época passada”, assegura
Hélder Fernandes.
Na
Série E joga o Caldas, o Peniche e o
Bombarralense. Depois de entrar nos eixos ao nível financeiro, o clube
das Caldas da Rainha, gerido por Vítor Marques, continua a apostar forte
nos jovens da formação, mantendo uma gestão equilibrada. No Bombarral há
uma equipa que chega dos distritais. Por isso, o objectivo é a
manutenção, mas há grande vontade de surpreender. Mesma ideia tem o
Peniche, que acredita nos atletas da casa.
Jornal de Leiria