HC Sintra (7):

Francisco Veludo (Gr); Mauro Teixeira (2), Marcos Pinto (1), André Martins (1), e Paulo Dias - cinco inicial; Jogaram ainda: João Lopes, Nélson Chorincas (1), Miguel Agostinho, Pedro Natário (2), e Ricardo Paulino (Gr);

Treinador: Rui Vieira;

HC Turquel (7):

Samuel Santos (Gr); Daniel Matias (1), Paulo Passos (1), André Luís (2), e Vasco Luís (2) - cinco inicial; Jogaram ainda: Tiago Rocha, Rui Filipe, Daniel Santos, Fábio Alexandre (1), e Rui Andrade (Gr);

Treinador: Paulo Baptista;

Marcha do marcador: 0-1 (Paulo Passos); 1-1 (Marcos Pinto); 1-2 (André Luís); 2-2 (Mauro Teixeira); 3-2 (Nélson Chorincas); 3-3 (Vasco Luís); 4-3 (Pedro Natário); 4-4 (André Luís); 5-4 (André Martins); 6-4 (Mauro Teixeira); 6-5 (Daniel Martins); 6-6 (Vasco Luís); 6-7 (Fábio Alexandre); 7-7 (Pedro Natário);

Árbitros: José Nave e Paulo Ferrão, ambos CRAHP Lisboa;

Acção disciplinar: Cartão Azul (35’) Rui Filipe;


Na ronda inaugural do Campeonato Nacional da 2ª Divisão (Zona Sul), o pavilhão de Monte Santos foi palco de um grande jogo de hóquei em patins, numa verdadeira promoção da modalidade.
As equipas do Hockey Club de Sintra e do Turquel jogaram o tudo por tudo para conseguir a vitória, como se estivesse em discussão, mais que a simples conquista dos três pontos.
Ganharam os espectadores que marcaram presença em número razoável, quer de um lado, quer de outro, puxando sempre pelos emblemas em rinque.

Turquel deu o mote para recital de hóquei

Estavam decorridos dois minutos de jogo, quando a equipa visitante inaugurou o marcador por intermédio de Paulo Passos, lançando os dados para o que viria a ser um grande espectáculo, dada a alternância no marcador, com a equipa de Sintra a chegar à vantagem antes do intervalo por 4-3, superando por duas vezes o resultado desfavorável.
No segundo tempo, o Turquel rectificou e chegou à igualdade (4-4), mas os sintrenses alargaram o jogo, pressionaram e dilataram pela primeira vez para dois golos de avanço (6-4).
Ainda com muito tempo para jogar (16 minutos), o conjunto orientado pelo ex-seleccionador nacional, Paulo Batista, fez valer pelo colectivo, e virou a seu favor para 6-7, ainda com 7’30” para o final da partida.

Sintra: com alma e coração grande!

Apesar de ser um jogo de início de campeonato, qualquer das equipas não baixou a guarda, mantendo os mesmos níveis de atitude, na procura, ou defesa do resultado. Teve mais possibilidades o Hockey Club de Sintra, com dois livres directos falhados (Mauro Teixeira e Paulo Dias), embora tenha sido na sequência de um deles que Pedro Natário, a 3 minutos do final, concretizasse o golo que valeria a igualdade (7-7) e que se manteria até final.
Perante um dos fortes candidatos à subida de divisão, a equipa orientada por Rui Vieira mostrou alma e coração grande, prometendo uma época de sucesso, quiçá repetindo a anterior, onde ombreou sempre com os melhores, podendo até superar a classificação, embora o campeonato esta época seja o reencontro de velhos amigos, muitos que já andaram pelo escalão principal do hóquei patinado português.


Análise dos treinadores:


Rui Vieira (HC SINTRA):

“Quis o sorteio que nos calhasse na 1ª jornada, uma das mais fortes equipas da prova, orientada por um dos técnicos mais competentes do nosso país, e um dos sérios candidatos à subida, como de resto tem sido nos últimos dois anos. E por isso, penso que o resultado acaba por ser justo, pela forma como se desenrolou o jogo. Entrámos para ganhar, e quando chegámos ao 6-4, ainda mais se cimentámos essa esperança. O Turquel recuperou, passou para frente, e a exemplo do ano passado esta equipa não virar a cara à luta, chegámos ao empate e tanto nós como o adversário podia ter chegado à vitória. Foi excelente para o primeiro jogo” sublinhou.

Paulo Baptista (HC TURQUEL):

“Faltou à minha equipa algum controlo emocional em vários momentos do jogo, e cometemos erros que dificilmente irão acontecer em jogos futuros”, começou por referir. “No entanto, penso que os árbitros têm que melhorar o critério de avaliação das faltas, como se viu neste jogo, com muitos lapsos que não deviam ter acontecido. Apesar de considerar que o empate acaba por ser justo, podíamos ter saído daqui com a vitória, por isso este resultado sabe-me a pouco” confessou.



Foto: Ventura Saraiva / Sintra Desportivo
Texto: MundoOk