Paulo Alberto
Nome: Paulo Alberto

Data de nascimento: 17/01/1990
Naturalidade: Leiria
Altura: 1.62 metros

PALMARÉS

• Campeão Nacional na Classe Sx2
(2010, 2009, 2008)
• Vice-campeão Elite de Supercross
(2009)
• Vice-campeão Nacional de MX2
(2008 e 2007)
• Vice-campeão Nacional na Classe
SX2 (2006)
• Campeão Nacional de Motocross
de Iniciados (2005 e 2004)
• Campeão Nacional de Motocross
na classe Infantis (2001)


Paulo Alberto tem de pagar para ser um dos melhores pilotos nacionais nos exigentes mundos do motocross e do supercross. Com apenas 20 anos, a lista de ossos partidos já é extensa: tíbia e perónio da perna direita duas vezes, perónio da perna esquerda, pulso esquerdo, clavícula esquerda e, agora, clavícula direita. São estas as principais mazelas que Paulo Alberto apresenta, mas nada que o faça desistir.
No fundo, conduzir uma moto é o que mais gosta de fazer e aos 14 anos chegou a participar numa prova de braço partido tudo para garantir o título nacional de iniciados...
A inspiração vem da família. Paulo é filho de Carlos Alberto, um piloto de motocross dos anos 80 e 90, e irmão de outro Carlos Alberto, que também compete. E filho de peixe...
Os loucos saltos, as manobras arriscadas, a qualidade do espectáculo é proporcional aos perigos que cada piloto enfrenta. Paulo está ciente do que pode estar à espreita em qualquer curva. “É evidente que
penso que um dia me pode acontecer alguma coisa mais grave e sei que mais tarde
todas estas lesões me vão fazer sofrer, mas eu ando no motocross por gosto e não me
imagino a fazer mais nada”.
O piloto da equipa Jomotos assegura que caía mais “quando era mais novo”. Agora, controla melhor a moto, só que “quanto mais alto” salta e “mais rápido” anda, “mais graves são as quedas.” No entanto, assegura que sabe o que está a fazer. “Conduzo de forma controlada. Posso andar rápido, mas tento não passar dos limites.” Na estrada também opta por uma condução “segura”. A explicação é simples: “aqueles rails assustam- me!” Jikler, como é conhecido no meio por ser pequeno como a peça das motos com o mesmo nome, começou a pilotar aos 11 anos e logo venceu a prova de estreia. Nesse mesmo ano conquistou o campeonato infantil. Os títulos sucederam-se, o que permitiu que se tornasse profissional. “Já houve anos melhores, a crise está a fazer diminuir o número de patrocinadores”, lamenta. Mas, “é uma paixão” e essas não devem ser contrariadas. “Enquanto os resultados correrem bem, vou continuar.” Mas a vida “não é fácil”. Em Leiria não há pistas, pelo que o Paulo tem de andar por todo o País para poder treinar.  Já com várias presenças em provas internacionais, das quais destaca o quinto lugar em Lyon, França, em 2009, Jikler tem um sonho, participar nos campeonatos americanos, as provas “mais competitivas do mundo”. Um objectivo “complicado”, mas possível em alguém com tanto talento e “amor” às duas rodas.

Foto - Ricardo Graça/Jornal de Leiria 
Texto - Miguel Sampaio/Jornal de Leiria