Foi a 8 de Dezembro de 1969 que foi inaugurado o Parque de Jogos do Sport ClubeLeiria e Marrazes (SCLM). Para a inauguração foi convidada a equipa da União Desportiva de Leiria e presentes estiveram cerca de 7 mil pessoas. 
Pois bem, mais de 40 anos depois, o velhinho pelado vai ganhar nova vida. Na assembleia geral de sexta-feira os sócios exigiram a colocação de um relvado sintético de forma a permitir que o clube continue a
crescer. E se os associados querem, o presidente da direcção vai cumprir. “ Esta decisão resulta da
determinação e da ambição de querer aquilo que nos foi prometido e nunca nos foi devido”, salienta Carlos Valente. “A forma como nos têm tratado não é proporcional ao trabalho que temos realizado em prol do desenvolvimento social e desportivo do Concelho.”
A Aldeia do Desporto, que considera um processo “inquinado”, é, por outro lado, “insuficiente” para as necessidades do clube. “O SCLM tem 21 equipas de futebol e mais de 400 atletas, poderia ter mais se mais campos houvesse. Cada equipa necessita de treinar, pelo menos, três vezes por semana. Cada treino
tem a duração de 90 minutos, o espaço de tempo para a realização dos treinos situa- se entre as 19 horas e as 22 «horas de cada dia, porque 99% dos atletas são estudantes.”
Por isso, a solução encontrada foi arrelvar e renovar o Parque de Jogos, já bastante desgastado pelos anos.
A obra, estimada em 250 mil euros, arrancará logo que seja constituída uma comissão de administração das obras, que será liderada pelo presidente da direcção. E como é que num momento de crise vai o SCLM financiar todo este processo? “ Nesta fase de arranque vamos utilizar os valores do PAAD (Programa de Apoio à Actividade Desportiva) que nos foram atribuídos por direito e pelo que fizémos durante a nossa actividade regular pela Câmara Municipal de Leiria.” A metodologia  de investimento que a actual direcção adoptou “canaliza todos os subsídios para o crescimento sustentado e não para a sobrevivência”.
Por outro lado, o clube já pensa em campanhas para dinamizar os sócio. No entanto, o presidente tem “consciência de que os cidadãos de Marrazes poderão desconfiar destas acções porque ao longo dos tempos foram sujeitos a sucessivas promessas que nunca se concretizaram.” Além da colocação da relva
artificial e respectivo sistema de rega, serão remodelados os interiores dos balneários e zonas de arrecadação, e serão criados um quarto balneário e uma sala para aulas teóricas. Toda a infraestrutura deverá ainda ter outro enquadramento paisagistico.


Miguel Sampaio - Jornal de Leiria