Ataque do Sporting das Caldas
Sporting das Caldas 3 - 2 Académica de Coimbra



Árbitro Central: José Ferreira, 2º árbitro: Rui Reis
Sporting das Caldas: Nuno, Saraiva, Wander, Godinho, J. Santos (Cap.), Luís Maria, Pedro Antunes, Manuel Jardim, Julião, Emanuel, Hugo Maria e Paulo Pereira
Treinador: Júlio Reis
Académica de Coimbra: Jorge Lemos, Luís Rodrigues, Fernando Silva, Gonçalo Forte, Vítor Costa, João Silva, Pedro Santos, Bruno Marques, Tiago Apóstolo, Rui Carvalheira, Ricardo Oliveira
Treinador: Miguel Margalha
Parciais: 25-23 / 19-25 / 25-23 / 21-25 / 15-12
Aquele que parecia um jogo que o SCC poderia dominar e ganhar com alguma facilidade tornou-se numa partida que obrigou ao empenhamento dos atletas até final. Logo no primeiro set o SCC começou a dominar e a vencer por vantagem confortável, tendo-se descontraído no final, situação que permitiu a aproximação de uma AAC que sempre acreditou ser possível levar os 2 pontos das Caldas. Se o 2º set foi o mais desnivelado, tendo sido ganho de forma merecida pelos conimbricenses, o 3º foi o mais equilibrado, tendo estado quase sempre empatado, tendo-se o SCC distanciado no final e vencido pela margem mínima. O 4º set voltou a ser dominado pela AAC com uma defesa muito segura e eficaz durante a maior parte do jogo. Na “negra” os jogadores caldenses puseram em campo a “raiva” de quem sabe que é superior e que quer vencer, dominando todo o set e acabando por vencer o encontro. Alguma sobranceria da equipa da casa deixou um adversário, bem organizado, aproximar-se. Isso causou alguma instabilidade nos jogadores e levou a muitos erros individuais a todos os níveis que se foram avolumando e dando pontos aos “estudantes”. Quando o passe, o bloco, o remate e até a defesa baixa voltaram ao seu nível habitual o jogo voltou a ser dominado e a vitória acabou por surgir, naturalmente.

Júlio Reis – Treinador do SC Caldas: “Um jogo que poderia ser fácil e que nós tornámos complicado. Há na nossa equipa jogadores que já jogaram nos dois clubes o que, muitas vezes, complica a forma de encarar o jogo. Começámos bem, vencemos bem o primeiro set e depois complicámos. Não jogámos nada do que costumamos treinar. Se tivéssemos jogado todos os sets como jogámos o último ou o primeiro penso que teríamos ganho 3-0. Estivemos sempre mais preocupados com a outra equipa do que com a nossa e a partir dessa altura perdemos o rumo que queríamos tomar. Isto pode ser bom para alertar os jogadores. Sinto este resultado quase como uma derrota mas serve para os jogadores perceberem que têm que respeitar as outras equipas que só assim podemos ganhar”
Miguel Margalha – Treinador da AA Coimbra: Jogo muito bem disputado. Já conhecíamos esta equipa desde há alguns anos. Nós iniciámos o ano passado um trabalho de base com gente nova, jogadores e técnicos, tentando remodelar a equipa. Este ano continuamos a tentar melhorar o nosso jogo e ao vir às Caldas enfrentar uma equipa formada e que vem da A1, sabíamos que não seria fácil e a nossa intenção era mesmo de conseguir disputar o jogo e criar a surpresa de ganhar. Não conseguimos vencer mas ganhámos um ponto e uma equipa que daqui para o futuro pode proporcionar bons momentos de voleibol”
João Santos – Capitão do SCC: Não foi o jogo que estávamos à espera. Tivemos um pouco de excesso de confiança e as coisas não saíram bem. Entrámos bem, depois baixámos um pouco o nível, o adversário entusiasmou-se, defendeu bem e acabámos por vencer, mas não a vitória que esperávamos. No último set nós melhorámos e eles também se foram muito abaixo. Já não tinham grandes argumentos porque foram explorando o jogo deles ao limite máximo. Enquanto deu foram pontuando, depois de conseguirmos anular alguns dos seus pontos mais fortes, foi criando vantagem a nosso favor. Talvez também ainda estejamos com a motivação um pouco em baixa, depois de andarmos a enfrentar adversários de outro nível, mas a nossa divisão agora é esta e tudo faremos para voltar a ter a máxima concentração.
Texto - Jornal das Caldas